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O impacto da carga excessiva de trabalho

Policiais Militares são mais vulnerais à Sindrome de Burnout

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O impacto do excesso de trabalho sobre a saúde dos trabalhadores é, hoje, um dos mais graves problemas que as empresas e instituições enfrentam. No aspecto psicológico, a síndrome de burnout – considerada por muitos especialistas a doença do século XXI – é o pior mal que um trabalhador pode adquirir. A síndrome de burnout é diferente do estresse, em que uma pessoa está num emprego que não necessariamente gosta. No caso do burnout, é justamente o problema de o indivíduo ficar tão concentrado no trabalho que o prejudica.

Quando há fatores que podem potencializar os sintomas do adoecimento, o indivíduo muitas vezes não sabe lidar com as variáveis. Policiais militares, agentes de segurança pública e bombeiros, tem em sua escolha profissional agravantes que aumentam o risco de desenvolver algum transtorno psicológico e/ou psiquiátrico devido ao excesso de carga horaria. O sofrimento psíquico pode ser percebido como uma variação entre as demandas do trabalho e a capacidade de resposta dos trabalhadores. A segurança pública desperta preocupações e se torna uma questão que apreende a toda a população. Respectivamente, é vista e catalogada sem levar em conta a história de vida do policial, e suas encostas psicológicas diante do mundo, pois os mesmos são vistos como pessoas que jamais poderão demonstrar fraqueza, esquecendo a sua subjetividade, e que os mesmos são seres humanos como qualquer outro, submetidos aos mesmos sofrimentos e doenças como qualquer cidadão. Com isso o policial tem sua vida emocional e afetiva sem dar muita importância, tendem a não permitir que seus sentimentos ou emoções atrapalhem o seu desempenho.

O trabalho pode representar fonte de criatividade, satisfação pessoal, prestígio e poder, mas pode também representar limitações, fadiga e alienação da pessoa.

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Em suma, ficam constantemente expostos a agentes estressores relacionados ao seu fazer profissional, o PM apresenta maior vulnerabilidade, de modo a comprometer sua produtividade na demanda do trabalho, em sua resposta podem desenvolver algumas patológicas, geralmente identificadas como irritabilidade, nervosismo, alteração de humor, dentre outros.

Vale lembrar que qualidade de vida, está ligado diretamente a ter tempo para dormir, comer, se relacionar com pessoas fora do ambiente laboral, lazer com família e amigos. E acima de tudo se perceber como ser humano, com todas fragilidades físicas e psíquicas inseridas no Ser como um todo. Fazer uma autoanalise todos os dias, ou quando possível é importantíssimo para ter qualidade de vida e lidar com a demanda de trabalho e variáveis inesperadas do dia a dia de cada um. Procure sim, fazer acompanhamento médico, psicológico quando perceber que o seu físico e/ou psicológico já não está equivalente as suas necessidades pessoais e profissionais.

Keneda Ribeiro

Psicóloga

CRP09/6299

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