Na manhã desta segunda-feira (26), Luis Fux, presidente do TSE, corrigiu um erro histórico, que deixou os policiais militares de serviço fora das decisões eleitorais por um longo tempo, ao garantir que doravante eles poderão votar em qualquer zona eleitoral.
O advento da urna eletrônica, o fim da cédula de papel e a pressa para apurar as votações significou o fim da democracia para uma grande parcela de eleitores brasileiros que se encontravam fora de seu domicilio eleitoral no dia da eleição.
Esses eleitores tiveram seus direitos vilipendiados pelo TSE durante muito tempo, pois sem o voto em trânsito, seja por meio da cédula ou da própria urna eletrônica, não podiam exercer a garantia prevista na constituição de que todo brasileiro tem direito ao voto.
O maior exemplo são os policiais militares, convocados pela própria Justiça Eleitoral para trabalhar no dia da eleição, apesar do código eleitoral garantir o voto fora da seção para estes profissionais, só votavam se estivessem perto de sua seção e tivessem a liberação do comando para deslocarem até lá.
O TSE manteve-se omisso a despeito das solicitações das associações e de parlamentares, que a exemplo do Deputado Federal Major Olímpio (SD -SP) sempre lutaram pela manutenção dos direitos dos militares. Mas as próximas eleições serão diferentes, pois os policiais mesmo de serviço e longe de sua seção eleitoral poderão votar como todo cidadão brasileiro, bastando que as unidades encaminhem à justiça eleitoral até 23 de agosto os nomes dos possíveis escalados.
“ Desta vez teremos 100% dos votos dos policiais nas urnas, somados às famílias e a todas as pessoas que tem no policial militar uma referência social, poderemos enfim mudar a realidade da política brasileira. ” Comemorou o Presidente da ACS, Sargento Gilberto Cândido de Lima.
Não é por acaso que a grande mídia já está afirmando que a decisão de Fux acirrou ainda mais a disputa eleitoral, colocando os votos dos policiais como o peso que irá desequilibrar a balança.
